3 de fev. de 2016

O que é Alimentação Paleo?

Texto de Ramon Pacheco 
O que é Alimentação Paleo?

A alimentação paleo, abreviação de paleolítico, é basicamente a tentativa de se seguir o suposto padrão alimentar da civilização coletora, consistindo em carnes, peixes, ovos, legumes, verduras, frutas, castanhas (oleaginosas), gordura animal, ficando de fora os grãos e leguminosas. 

Mas como assim? Gordura animal faz bem? E o que há de errado nos grãos e nas leguminosas?

Bem, você deve estar meio desconfiado com o que acabou de ler acima, mas vamos por partes.

Gordura animal: de cinquenta anos para cá ela vem sendo demonizada e, desde que seu consumo foi reduzido e incentivado o de óleos vegetais, o número de doenças cardiovasculares (como por exemplo infarto) só cresceram.

Grãos: trigo, milho, aveia, cevada, arroz, etc. São a grande causa da obesidade e da sindrome metabólica globais por possuírem  alto índice glicêmico (Juntamente com o refrigerante e tudo o que contém açúcar), ofertando uma grande quantidade de glicose no sangue, que é convertida em glicogênio nos músculos e fígado ou em gordura corporal.

Leguminosas: feijão, lentilha, ervilha, amendoim, soja, grão de bico, etc. Assim como os grãos, possuem diversas substâncias que servem de defesa contra os animais para não serem ingeridos. Dentre elas, podemos citar a lectina (causa inflamação) e os fitatos (inibe a absorção de minerais cruciais ao organismo).

E quais são os benefícios dessa alimentação?

Além da saúde equilibrada, um dos grandes segredos da Paleo é não focar em calorias ingeridas e gastas pelo organismo. A forma como são calculadas as calorias dos alimentos é através da bomba calorimétrica, uma espécie de incinerador no qual se queimam pequenos pedaços de cada tipo de alimento e é medido a quantidade calor gerado. Caloria é apenas uma unidade de medida para medir está energia gerada pela queima.

Mas espere um momento, seres humanos são uma espécie de caldeira alimentada por carvão ou qualquer coisa que pega fogo?

É claro que não! Somos movidos a reações químicas complexas e hormônios. Negligenciar este fato significa estar bem longe de ter seu peso ideal da forma mais fácil. Muitas dietas focam na quantidade ingerida e se esquecem dos alimentos que regulam seus hormônios, além de serem insuportáveis de serem seguidas. A paleo não pode nem ser chamada de dieta, mas sim estilo alimentar, tendo em vista que pode ser seguida durante a vida inteira, enquanto que aquela dietinha milagrosa daquela sua revista de bem estar só lhe permite usá-la a cada primavera, podendo até alcançar um resultado no verão, que será completamente perdido no primeiro deslize. Com a Paleo você não se preocupa com os deslizes do domingo, pois sabe que sua estratégia é comer os alimentos certos (alimentos de verdade) ao longo da vida. A grande chave da Paleo é o controle hormonal, que lhe proporciona comer a quantidade desejada e na hora que sentir fome. Esqueça aquele mito de que se deve ingerir alimentos de três em três horas e pare de decorar aquelas tabelas nutricionais que informam a quantidade de caloria por porção. O estilo Paleo lhe garantirá glicose no sangue de forma lenta, não sendo necessário acionar a insulina pelo pâncreas. Não havendo esta secreção, seu organismo passará a utilizar outras substâncias que favorecem a queima natural de gordura e a sensação de saciedade. Dentre elas, podemos citar o glucacon, a leptina e a grelina.

Mas o que te mantém vivo neste exato momento? De onde vem esta energia que te faz respirar e manter suas reações internas?

Existem duas fontes de energia que o corpo utiliza: o glicogênio e a gordura corporais, resta saber a qual delas seu corpo dará prioridade para manter as funções vitais. Basicamente, o corpo passará a utilizar gordura corporal para se manter vivo, em vez de utilizar a energia barata que os grãos proporcionam. Mas, enquanto forem ingeridos alimentos com alto índice glicêmico, a insulina agirá, desativando os hormônios que são responsáveis por esta queima natural da gordura. Simples assim: coma os alimentos certos e deixe que seu próprio organismo faça o resto. Não se preocupe o quanto e quando comer.

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